Em uma análise sintática da conjuntura atual, é fácil perceber que a situação política piorou e continua piorando e a situação
econômica melhorou e continua melhorando. A economia, inclusive o setor fiscal, só não tem uma melhora mais acelerada
porque está travada pelo colossal déficit da previdência social, que por falta de responsabilidade o Congresso Nacional não
deixa aprovar.

Há uma melhora acentuada nos níveis de desemprego, entre o segundo e o primeiro trimestre deste ano, puxada pela indústria,
como se vê no quadro abaixo:

O déficit da Previdência Pública mais o INSS deverá chegar a R$150 bilhões neste ano, sobrecarregando o déficit fiscal do
Governo Central, que chegará a mais de R$500 bilhões. Daí que faltam verbas para os gastos com a saúde, educação
e segurança urbana. Só não vêem isso os beneficiários do sistema e os políticos do Congresso Nacional.

A eficiente atuação do Banco Central está condicionada ao controle do volume de crédito do sistema financeiro,
que se opera mediante a utilização eficaz de três instrumentos de ação:

• A taxa de juros do redesconto;

• A mecânica dos depósitos compulsórios; e

• As operações de open-market.

Na atual conjuntura de crise, é importante usar o crédito com moderação, para estimular as atividades econômicas,
levando em conta que são os juros dos financiamentos que estimulam ou desestimulam o consumo e os investimentos.

Ao que tudo indica, será uma atuação eficiente liberar parcialmente os depósitos compulsórios, como está sendo noticiado.

Para alegria de todos os brasileiros, na contramão da intensa crise econômica que tranquilizou o País, a agricultura nacional
produziu 224 milhões de toneladas de grãos, na safra 2016/2017.
O resultado dessa fantástica produção se fez sentir em três frentes principais:

1. Contribuiu decisivamente para controlar a inflação, através da maior oferta dos produtos de alimentação;

2. Produziu uma expressiva expansão das exportações; e

3. Ajudou a minorar o problema do desemprego.

Surge, agora, o receio de que a próxima safra não repita os mesmos resultados da anterior, devido a piores condições climáticas